A Companhia Nacional de Bailado associa-se aos festejos do centenário do Teatro Tivoli BBVA onde apresenta um espetáculo que reúne duas obras contemporâneas: Symphony Of Sorrows e Cantata.

Neste programa, a CNB junta dois coreógrafos que, com abordagens e ambientes distintos, apresentam obras que trabalham sobre o colectivo.

Em Symphony Of Sorrows, o colectivo revela ser a força de superação dos caminhos, por vezes tortuosos, da humanidade.

Um leve toque sobre as nossas sensações à margem da realidade humana. Os nossos corpos formam um organismo que vislumbra a imagem do que temos no subconsciente. Um universo dentro de cada corpo tocado pela música. Como se conseguíssemos ver cada nuance musical enquanto vivemos pequenos momentos que nos são fortemente familiares.

Com coreografia de Miguel Ramalho para os bailarinos da CNB, sobre a música de Henryk Górecki e com desenho de luz de Cristina Piedade, direção artística de Carlos Prado.

Cantata reflete tradições populares e musicais italianas, dos séculos XVIII e XIX, desde as canções de embalar à pizzica salentina e às serenatas napolitanas, num ambiente festivo, onde a música é o elemento inspirador, contagiando bailarinos e público. “A ideia era um pouco recuperar as danças e a música tradicional de Itália, especialmente do sul de Itália, que tem uma forte tradição musical. Se perdermos a tradição, perdemos a memória disso.”, refere o coreógrafo. “Fiz uma espécie de alquimia com esta dança, que era muito antiga e tradicional”. “É uma linguagem universal. Qualquer pessoa pode sentir algo, profundamente”.

Do coreógrafo e Primeiro Bailarino da CNB, Miguel Ramalho, com música de Henryk Górecki, e Cantata, do coreógrafo italiano Mauro Bigonzetti, com música tradicional italiana da autoria do grupo musical Assurd, de Lorella Monti e Cristina Vetrone com Enza Pagliara e Enza Alessandra Prestia.