Uma História de 100 anos

Passados 100 anos, o cine-teatro acompanhou a evolução dos tempos, da tecnologia e das
tendências culturais, tornando-se uma sala versátil, com o objetivo claro de entregar
projetos culturais relevantes e programação nacional e internacional.

1877 -1935
1877 -1935

Frederico De Lima Mayer

Empresário português apaixonado pelas artes e botânica, ofereceu à cidade de Lisboa um espaço exclusivamente dedicado ao culto da Sétima Arte, que homenageia as suas quatro filhas através do bouquet com quatro rosas que compõem o símbolo do cine-teatro localizado na Avenida da Liberdade. Para a estreia, o glamoroso teatro lisboeta exibiu o filme ‘Violetas Imperiais’, de Henri Roussell e Raquel Meller.

1924
1924

Inauguração

Uma aposta do empresário pretendia, à semelhança das congéneres europeias, dotar Lisboa de um espaço dedicado ao culto da Sétima Arte, movimento então em ascensão por todo o mundo, mas onde fosse possível apresentar também outro tipo de espectáculos.

O Tivoli abriu, com pompa e circunstância, as portas para a Avenida da Liberdade em 1924. O frio que conquistara Lisboa nessa noite de 30 de Novembro, não impediu a sociedade lisboeta de se vestir a preceito para estar à altura do acontecimento. Ainda na era do cinema mudo, visionou-se o filme Violetas Imperiais e em 1930, após instalação da tecnologia adequada, foi apresentado o filme sonoro, A Parada do Amor.

1925
1925

Depois do Cinema o Teatro

O teatro também teve o seu espaço de imediato. Em 1925, por iniciativa de António Ferro, fundou-se o grupo Teatro Novo que levou à cena inúmeras peças. Outras companhias teatrais, nacionais e internacionais, também adotaram o espaço para as suas apresentações, bem como companhias de bailado e orquestras.

1977
1977

Relevância Nacional

Em constante renovação, o Tivoli manteve-se na vanguarda, tornando-se um símbolo da cidade e da avenida. Em 1997, setenta e três anos depois da sua inauguração, foi classificado Imóvel de Interesse Público.

O seu estilo Neoclássico, de formas acentuadas e cobertura em forma de cúpula revestida de telha preta, emprestava-lhe a personalidade própria dos teatros franceses, o que conferiu à Av. da Liberdade um certo sabor a boulevard parisiense, já antevisto pelos seus jardins e espaços de lazer a lembrar os Campos Elísios. No interior, o estilo adoptado está presente nos motivos decorativos da sala e nas opções de enquadramento do proscénio.

2015
2015

UAU, Produção de Espectáculos

Tendo mudado de mãos várias vezes ao longo de décadas, o Teatro Tivoli é hoje pertença da UAU, uma produtora de espectáculos nacional que pretende manter o espaço activo, produzindo mais e melhores eventos, espectáculos, conferências, galas televisivas, concertos, anúncios publicitários e quaisquer outras manifestações que se enquadrem na sua essência multi-facetada.

Esta aquisição apenas foi financeiramente possível com o apoio do BBVA, que assumiu o naming do teatro, em mais uma demonstração do carácter cosmopolita de Lisboa, que se juntou a tantas outras cidades no mundo com espaços culturais cujos nomes se encontram associados a marcas.

2024
2024

Centenário

Assim se conseguiu dar continuidade a um espaço icónico em Lisboa, com história, carisma e que já acolheu os maiores nomes do espectáculo em Portugal. Em 2024 o teatro celebra o seu centenário com uma programação extensa, diversificada e repleta de excelentes artistas e performances. As celebrações começaram no ano que antecede este aniversário e prolongam-se até 2025.

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